quinta-feira, 29 de maio de 2008

Enquete

Depois de uma jogada de marketing sensacional, o numero de leitores do meu Blog aumentou de suas 2 fieis leitoras (minha mae e minha namorada, pra quem nao sabe) para uns 5 (estimativa de mercado).

Um desses novos leitores, a Rita, que viaja aqui conosco, comentou comigo que acha que o fundo preto com letras brancas nao combina com o blog. Segundo ela o texto e animado mas nao combina com o fundo preto, que da todo um "toque noir" meio triste.

Confesso que escolhi isso porque, pra mim, fica mais facilde ler. Que voces acham???

A proposito, cores como lilas, rosa e fucsia ou relacionadas a frutas e bichos (ex. cereja, salmao) nao serao consideradas na enquete (viu Fred?)

Mais problemas da lingua.. literalmente

Hoje nao teve jantar com a Mitsui.

Aproveitei que toda loja de departamentos que se preze aqui em Toquio tem uma delicatessen no seu sub-solo, e fui la comprar algumas iguarias. Essa lojas aqui sao um troco bizarro... sao um lugar meio esquisito, cheio de cosmeticos e roupas caras (acho que as mulheres deveriam ter seus cartoes de credito confiscados antes de entrar la). Eu me limito ao subsolo, onde tem vinho, queijo e pao, da melhor qualidade. Na foto ai de baixo eu estou com minha gravata mais bonita (brigado linda!!) em uma dessas lojas, que fica na Tokio Station.

Pois bem, fui la pra comprar um pao e uns frios pra comer aqui no apartamento de noite. O pao nao tem erro, voce aponta e 'e ele, beleza. Os japoneses nao sao la muito fas de queijo, entao ele vem importado em sua embalagem original, escrita em ingles, frances italiano... Comprei tambem um suco, relativamente facil de escolher, basta pegar o que tem a sua fruta de preferencia desenhada na capa.


Foda foi escolher o frio pra acompanhar. Vou la no negocio de frios e pego um negocio redondinho, que parecia um presunto. Vou me encaminhando pro caixa quando escuto: tongue. Paro e escuto: um japones de terno (sempre de terno) me fala "tongue" apontando pra lingua.

Porra... era lingua... defumada, parece.

Caraca, minha zona de conforto se reduziu a nada naquele balcao. Fiquei uns 10 minutos olhando as coisas la tentando achar um, QUALQUER UM que estivesse em letras romanas. Depois de um tempo, percebo do meu lado um cara, aparentemente alemao, olhando com a mesma cara que eu pros frios. Logo depois aparece a mulher dele, acho, com um salame fatiado na mao. na mesma hora pergunto onde ela arrumou, foi num balcao la do outro lado da loja. Cheguei la e, comprei o salame, afinal, nao tem erro, e salame e salame em todo o lugar do mundo.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

IRASHAIMASEEEEE

Outra parada bizarre aqui e o alto nivel de automatizacao das cosias. Nego vende TUDO em maquinas espalhadas pelas ruas e nos lugares mais inusitados! Voce chega bota a moeda e leva o produto, assim, sem intermediarios! Mas nao e so isso: tudo e automatico. Voce chega perto de uma maquina, ela comeca a falar com voce (sabe-se la o que). Chega numa prateleira de supermercado e ela fala contigo, chega perto de uma geladeira ela acende. Porra, eu chego a ficar inibido ate!

Pior de tudo e que nas lojas, e demais estabelecimentos publicos os vendedores e atendentes seguem esse padrao automatizado: voce entra na loja e eh uma chuva de irashaimase!! Irashaimase!! (seja bem vindo em japa). E o pior, as mulheres forcam uma voz fina e esganicada irritante, as vezes da vontade de sair correndo.

Eu NUNCA sei o que responder.. as vezes respondo “bom dia”, as vezes respondo “com licenca”. Mas estou chegando a conclusao que o melhor e so balancer a cabeca, porque em todas as opcoes anteriores, minha saudacao desencadeia uma avalanche de japones e eu fico vendido sem entender porra nenhuma!

Metro japones

Alem da lingua outros aspectos te colocam como um alienigena aqui: os japoneses andam completamente grudados com o celular. Os caras tem uma relacao praticamente simbiotica com o aparelho. Sao piores que o fred. Enquanto o fred fica o tempo todo mandando mensagem no cel, eles mandam mensagem, navegam na internet, jogam, conversam, cuidam… enfim, grudam no bicho.


No metro entao, olhar pro cellular e default. Na verdade, ficar em silencio e olhar pra qualquer coisa que nao seja uma pessoa e quase uma obrigacao. O lance e ficar de cabeca baixa, lendo ou, principalmente olhando pro cellular. Na falta disso, vire para a parede mais proxima e aguarde sua estacao!

sábado, 24 de maio de 2008

Hiroshima

Admito que ate visitar Hiroshima, eu nao tinha a dimensao exata do que representou a bomba. Acho que ninguem tem. Foi uma experiencia pesada, cada lugar do Peace Memorial e um pouquinho mais de desgraca que voce vai absorvendo ali.


Chegamos e vimos a unica ruina que ainda restou da bomba (na verdade, depois da bomba restaram poucas, mas essa foi preservada como uma forma de lembranca). A ideia de preservar a ruina e mostrar para as geracoes futuras o horror que foi a bomba atomica.
O peace memorial 'e um complexo, composto pela ruina alguns monumentos, por exemplo um sobre uma menina que acreditou que curaria o cancer fazendo mil tsuruis (um passaro daqui) em origami. Triste de doer.
Depois disso tem um museu. O museu comeca com os esforcos de guerra japoneses, chega ao processo decisorio e as razoes pelas quais os EUA jogaram a bomda, a bomda em si, os efeitos imediatos e como foi reconstruida a cidade. Por fim, tem um andar inteiro com desgracas. Roupas rasgadas, bicicletas.. historias tristes e de desgracas que a bomba causou. O troco e tao pesado que eu nao vi todas. Aproveitei a desculpa que nosso tempo era curto e sai.
Dessa coisa horrorosa toda, sobra so um comentario de admiracao: ha 60 anos hiroshima era um campo vazio, completamente destruido. Hoje, 'e uma cidade pujante, jovem e muito internacional. Em 60 anos os japoneses construiram, do nada, uma cidade incrivel. Sao, de fato, um povo admiravel! Olhem abaixo a cidade, depois da bomba e hoje e tirem suas conclusoes...

Campeonato mundial de Imagem e Acao

Yuri-sensei, minha professora de japones esta de parabens. No curto periodo em que estudei japones ela conseguiu me fazer achar que japones era tranquilo de aprender. Tranquilo o cacete! Pra comecar a estrutura das oracoes e diferente, o que por si so ja significa que o jeito japones de pensar e diferente do nosso!

Por exemplo: portugues monta a oracao no esquema sujeito, verbo, predicado (objeto e adjuntos). O japones monta sujeito, adjuntos, OBJETO, um monte de particulas no meio dessa turma toda, e so la no finalo verbo. Simplificando o negocio 'e mais ou menos assim:

Portugues: Eu vou 'a praia.
Japones: eu, particula que indica o sujeito, praia, particila que indica que voce vai a praia e ficar la (sim, porque tem particula que voce vai mas nao necessariamente fica la) vou

O exemplo pode parecer bobo, mas imagina que voce vai falar vou a praia amanha em ipanema com fulano... fudeu! Ate voce pensar nas particulas ja passou da hora da praia ha muito tempo.
O pior 'e que as palavras em si nao guardam nenhuma semelhanca com nada do que a gente conhece.. ou seja, muda estrutura e vocabulario. Uma confusao tremenda.

Confesso que reclamei no Oriente Medio, mas a coisa la era muito diferente... nao sei se pela proximidade da 'India, mas o ingles la era muito falado. Raras vezes fiquei vendido sem conseguir, ao menos, me comunicar.

Aqui no japao, SE voce encontra alguem que fala ingles, o ingles e mega quadradao. A maioria nao sabe falar nada e fica falando em japones compulsivamente pra aumentar seu desespero. Sobra so a mimica (segundo o Joao nos vamos voltar imbativeis no Imagem e Acao depois disso aqui) e o japones que aprendemos com a Yuri, que devo confessar, da uma ajuda SUBSTANCIAL aqui. Foi fundamental mesmo.

O pior de tudo agora e o alfabeto. Po.. fui comprar um xampu outro dia. Quem disse que eu sabia diferenciar um xampu de um sabonete liquido ou ate mesmo de um talco? Tudo escrito em pauzinho sem nenhuma mencao ao adorado alfabeto romano. Acabei comprando o primeiro que tinha escrito "shampoo"... um da shiseido caaaaro pra dedeu... Fazer o que....

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Explicando-me

Nao tenho tido muito tempo para colocar textos no blog, mas tenho um monte deles escritos (e um monte para escrever, tambem). Pra voces terem uma ideia tenho um texto sobre muscat, falando da cidade que eu tinha escrito no aeroporto de Dubai, que ate agora nao tinha publicado aqui.

At'e agora....

Dito isso.. la vai o texto!

Eu não poderia deixar de dar o resumo da impressão da cidade em si, entao la vai:
Montanhas:
A cidade é cheia de montanhas, mas as montanhas são diferentes.. não parecem formações rochosas, mas sim arenosas. São montanhas amarelas, laranjas e são muitas. Juntando com o mar fica muito bonito!



Limpeza:
A cidade é limpíssima. E muito bem conservada. Outro dia tinham uns indianos pintando m meio fio que pra um brasileiro tava mais que bem pintado. É tudo novinho e muito limpo, só a poeira e areia mesmo que deixam um pouco sujo, mas mesmo assim nego limpa.

Arquitetura:
O Sultão teve a preocupação de procurar manter a arquitetura de Muscat tradicional, não permitindo a construção de prédios altos ou fora da arquitetura tradicional da região. E de fato é assim. Prádios baixos, todos com as janelas árabes. Não se vêem quase nunca janelas retangulares como é normal no Ocidente.
O Sultão acertou na mosca. Comparada com Dubai a experiência arquitetônica (em termos árabes) é muito mais intensa. Por outro lado, a cidade fica mais provinciana, da a impressão de que ficou um pouco parada no tempo. Mas por outro lado, impulsiona turismo. Como minha opinião é livre mesmo, eu achei bacana pra dedéu!


Vales:
Como a cidade é muito montanhosa, ela se localiza em vários centrinhos, cada um em um determinado vale da cadeia de montanhas. Por isso, sempre atrás das casa e prédios, sempre vai ter uma cadeia de montanhas! Isso é um barato de se ver! Os portugueses, na época que dominaram a cidade, usaram essa característica pra construir dois fortes protegendo um desses vales (a antiga Muscat), que até hoje são usados pelas forças armadas de Omã!

Cheiro:
Pode parecer estranho, mas é impressionante como o cheiro aqui é diferente. Existe um cheiro doce no ar, tipo de incenso, as vezes não, mas ele esta sempre presente. Acho que nego queima incenso escondido, ou tem um queimador automático de incenso, mas o cheiro é esse. No souq então é bizarro, mas no souq, tudo bem, tem milhares de pessoas queimando incenso... tipo essa foto ai embaixo!

Trenzinho Caipira




Impressionante o sistema de trens do Japao. Tokio tem uma rede de metro (e outros tipos de trens, tambem) que parece mais um novelo. Precisa ate de manual de instrucao. Mas se entendendo nesse novelo, voce chega a qualquer canto! A capilaridade do sistema e surreal. Nao e que nem linha 1 e linha 2 no Rio nao... Olha a foto ai em baixo e vejam o tamanho do barulho...



Depois do metro, tem o um outro trem, que liga a periferia da cidade, e acima desses, o famoso trem-bala, que eles chamam de shikansen. O troco anda a mais de 300 km/h e ainda assim nao parece que estamos tao rapido assim, nao balancao nao faz barulho....
O shikansen passa pelo japao todo, praticamente, como uma grande espinha dorsal. No momendo estamos indo de Toquio para Hiroshima. Pela janela, nao reparei ate agora nenhum lugar desabitado, ou nao aproveitado, e demos sorte tambem de vermos o Monte Fuji cara-a-cara. Impressionante.
O bicho e tao confortavel quanto um onibus interestadual, mas com um espa'co maior entre as cadeiras, banheiros limpos e uma japonesa vendendo bebidas e belisquetes. O pessoal usa bastante aqui, e, apesar de ser uma mao na roda, nao vejo muitos estrangeiros alem de nos aqui.
O pre'co? Depende de pra onde voce vai. No nosso caso, saiu US$ 50 por cabe'ca. Justo nao acham?


domingo, 18 de maio de 2008

Cafezinho

Um ponto muito legal para se comentar eh como diferentes paises veem o cafe. No Brasil estamos acostumados com uma certa abundancia de cafe, e, ele faz tanto parte da nossa vida que ate estranhamos quando nao temos livre-acesso a ele.
Pois 'e malandro, cafezinho como no Brasil, nao sei nao, mas e dificil ter ai por esse tal de mundo afora. Estou sentindo isso na pele. No Brasil tomo uns 4, 5, 6 cafezinhos por dia, com enfase especial nos expressos... Ja aqui no japao...
Pra comecar o cafe expresso aqui custa uns 5 dolares (8-9 reais). Isso sem falar que o cafe tem um gosto esquisito (po de ma qualidade) e eh mal tirado... Mas as op'c!oes sao muitas, e caso voce nao queira partir pra esse cafe, temos o estilao cafe americano, que impera nas starbucks etc.
Ao que me parece, o americano nao curte cafe, entao, ele pega o cafe, com o shot de cafeina intrinsico a bebida, e tasca leite em cima, junto com varias outras coisas pra adicionar sabor. Como resultado, temo, por exemplo, um " vanilla grande latte" (vulgo cafe com leite com gosto de baunilha).
Outra opcao e o tradicional cafe amricano: muito cafe, muito fraco, muito ruim. Na pratica, um chafe servido em copos de 300 ml quentes pra danar, e caros pra dedeu (uns 5 reais).
Nessa conjuntura, pra mim, que gosto do cafe e sinto uma falta assombrosa dele, as coisas andam meio feias. Andariam piores se eu nao tivesse trazido cafe do Brasil e uma cafeteirazinha tabajara de viagem pra fazer meu pingado por aqui. Ela resolve minha vida de manha, mas durante todo o expediente, nao tem jeito.. em busca da minha dose di'aria de cafe'ina, acabo me rendendo aos capuccinos e mochas das starbuks e cia.
Engracado que eu ja vim para ca com essa preocupacao, mas tambem tinha essa preocupacao para minha estadia em Oma... Nesse caso espec'ifico foi bobagem.... Sabem por que?
Acho que todo mundo sabe que o islamismo proíbe a bebida alcoólica. Estrangeiro pra comprar bebida em Omã tem que pegar um voucher especial e psga caro pra dedéu. Chopinho na rua com os amigos pros Omanis então nem pensar.
Sabe o que eles fazem?
Trocam o chope por.. café! Tem um mone de café em Omã. Eles se amarram. Faz sentido, já que o vizinho deles, o Iêmem, foi o descobridor do café. Aliás, acho que na Arábia toda nego se amarra num cafezinho. Em Dubai, tem café em tudo que é canto. Só no shopping que eu fui (o que tem o Ski Dubai!!) tinham trocentas lojas de "espresso" (umas 4 ou 5 Starbucks, ok que nao o que ha de bom em termos de cafe, mas e um termometro, va la)!
O lance dos Omanis com o caf'e 'e antigo, e eles tem ate um jeito especial de preparo. Várias pessoas la me explicaram que o café tradicional Omani é prepaado de uma maneira diferente: eles não jogam a água por cima do pó para fazer a infusão. Cozinham a água, o pó e algumas especiarias e depois filtram para fazer o café deles.
Com isso, o café tradicional Omani é preto preto preto, tem um sabor diferente. Eu provei, e particularmente, não gostei (nem alguns Omanis gostam). Por outro lado, tomei expresso e cafe tradicional por aqui, e al'em de ser bem gostoso, apresenta algumas coisas diferentes em relacao o cafe brasileiro, tendo me chamado mais a atencao o acentuado sabor de caramelo em todos os cafes que tomei por Muscat!
Mas fora isso, e muito bacana ver os Omanis, de noite, tomando seu cafezinho como se fosse o choppinho do final do expediente (com o camisolão, claro!)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

NIHON!

Pois e.. cheguei no Japao Sabado, e, fora o fato que eu nao entendo porra nenhuma do que falam aqui, e pior, nao sei nada do que ta escrito, ta tudo otimo!!! O choque aqui 'e imenso, ainda mais vindo do Oriente Medio. O Oriente Medio intenso e la faz muito calor. Aqui, al'em de frio, as coisas sao mais suaves, calmas e pacatas. Em ambos os lugares as pessoas sao muito cordiais e hospitaleiras, mas nesse quesito, acho dificil barrarem os japoneses... 'e impressionanente como eles se importam com o seu bem estar.
Nessa linha, imaginem agora como somos bem tratados pela Mitsui. Temos dois anjos da guarda: o Sato-san e a Shiino-san. Ambos cuidam pra que a gente nao fa'ca merda por aqui (entenda-se, se perder) e, ainda por cima nos levam em varios lugares.
Chegamos aqui com o tempo chuvoso sabado. Shiino-san havia buscado os outros no aeroporto e combinado de leva-los para dar uma volta por Akihabara (um verdadeiro Saara de eletronicos... surreal). Eu fui a reboque. Como estava chovendo muito, acabamos indo a uma versao mega store de loja de eletronicos no Brasil.: a Bic Camera.
A Bic Camera 'e a versao masculina para uma loja de sapatos. Tem tudo que voce pode imaginar de eletronico la dentro. TUDO. Da pra falir la.
Depois da Bic camera, fomos a um tradicional festival sino'ista japones, que consiste em levar um monumento ao redor da cidade colhendo oferendas e as agradecendo, ao mesmo tempo que se pede por uma boa colheita. Tradicao antiga, que ainda hoje e repetida pelo japoneses mega-urbanos de Toquio.
Acompanhamos o festival um pouco, e depois descolamos dele e fomos almocar num churrasco japones. Tem uma carnes, uma grelha e a gente bota a carne pra fazer na grelha enquanto conversa. Vem um monte de porcoes pequenas (sic, nao consegui configurar o teclado ainda, desculpem), mas quando voce junta tudo, fica-se bem satisfeito! As carnes nobres pro japones, em geral, tem MUITA gordura no meio, tipo um cupim mesmo, s'o que pior. O povo fala que a alimenta'cao niponica 'e boa e o escambau, mas vou dizer que deve ser porque nego aqui, com essa gordurada toda, nao precida de act'ivia nao...
De la seguimos para o predio da Sony, e andamos por Guinza, a 5a. avenida de Toquio. La fui apresentado a um aparelinho da Sony que 'e o BICHO - o rolly, que vale um post so pra ele.... Nesse momento, as mulheres, ja cansadas, queriam descansar no Hotel e eu e os caras resolvemos voltar a Akihabara pra ver eletronicos, e quem sabe achar algo imperd'ivel.
O fato 'e: o Japao 'e bom pra comprar porque tem tudo. Os precos sao muito mais baratos que no Brasil, e verdade, mas ainda assim, ficam bem acima dos pre'cos nos EUA... Andando bem, eu dei sorte e achei um laptop, e ja o comprei. Os caras compraram cada um uma camera digital. Comprei tambem uma caixinha de som pro Ipod e uma webcam pra falar com o Brasil.
Depois disso, descansamos, pois segunda come'cava o programa na Mitsui... o resto da semana eu conto depois! Por enquanto 'e so! Fiquem com umas fotos do festivam que presenciamos!



Dubai liberada!

Ese post eu escrevi Antes de embarcar pro Japao, ainda em Dubai...

Eu realmente ahcei que teria que ficar 14 horas no aeroporto de Dubai. Pedi a Masmoha (leia-se Masmorra, secretária do escritório em Muscat), que tentasse um visto de turista para mim em Dubai na segunda. Ela sempre dizia que no dia seguinte o teria, eu já estava dando como perdido, quando quinta ele milagrosamente apareceu em cima da minha mesa. Pois bem, entrei em Dubai e bati perna por lá!
Fui a um souq, o Madinat Jumeirah, que de souq so tem o estilo e as mercadorias. É super arrumado, ligado a um complexo hoteleiro que enche ele de turistas. É mais sofisticado que o de Muscat, maneirissimo!, mas ainda prefiro o de Muscar com toda a sua intensa experiência cultural!
De lá fui nuns canais que dão numa praia e fui (de longe, não pode chegar perto) àquele hotel super famosão, sete estrelas que parece uma vela de barquinho. Maneirissimo vê-lo de perto (de longe).
Além do Souq, vi as ilhas surreasi mapa-mundi e em formato de palmeira e fui ao mega shopping de Dubai, dizem que tem outros, mas não consegui andar nem nesse inteiro! Lá tinha a pista de ski. Desnecessário dizer que fui! Fiquei duas horas descendo uma pista de neve no meio do deserto mas disso eu falo com mais detalhes depois!
Andei mais no shopping, comprei uma camiseta pra trocar, afinal ninguém merece ir sujo pro Japão, e comprei um presente pra minha linda também. Tomei um café (alias pedi um capuccino, que no lugar que eu pedi tinha apenas um leve aroma de café numa caneca enorme, achei uma merda!).
Depois voltei pro aeroporto e estou aqui, escrevendo isso para vocês, numa hora em que estão chamando o meu vôo e tenho que desligar. Depois conto mais, prometo! Por enquanto, fiquem com o hotel sete estrelas ao fundo, na paisagem mais tradicional de Jumeirah!


terça-feira, 13 de maio de 2008

Muita coisa pra contar...

Escrevi um post maneirissimo sobreo fim de semana no japao, mas o blogspot sumiu com ele. Tem um monte de coisa pra contar, nao so do japao, mas de Oma e de Dubai tambem e o site ainda me faz isso!

Bom, depois escrevo de novo, sem problemas...

Ainda sobre Oman

Agora... o camisolão é foda. Nas fotos que estou colocando da pra ter uma idéia da vestimenta. O Ivan, gerente de projeto aqui, disse que viu um cara de camisolão pulando um muro outro dia. Porra, que cena deve ter sido. É bizarro, novo e velho, todo mundo adere ao camisolão. Uns de uma cor só, outros de outra, mudando o chapeu... camisolão sempre ta na moda aqui.

Nao pensem que o camisolao e igual a roupa dos bedu'inos. NAO E! E genuinamente Omani. Ele parece quente, mas na verdade dizem que refresca. Sei la, talvez o movimento de andar faça aparecer uma ventilação interna. Outro dia perguntaram se eles usam cueca ali em baixo. Eu, sinceramente, não preciso saber dessa resposta. Mas o fato é que o camisolão cobre 99% do corpo dos caras. E Malandro... o sol aqui é cruel. Antigamente não tinha ar-condicionado e sombra era só pros xeiques. Ou seja... o camisolão deve ter surgido como uma forma de proteção, se enraizou culturalmente e todo mundo hoje usa feliz da vida! Vejam abaixo um flagrante do camisolao em Muscat!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Pra nao dizer que e mentira... mais Oma!

A vantagem de você escrever um blog é que a premissa básica, quase um axioma, é de que aqui o que é escrito reflete apenas opiniões pessoais e ponto! Digo isso porque cada um enxerga uma coisa de um jeito diferente.
Quando você chega aqui, você vê um monte de gente andando de camisola na rua, de chapeuzinho redondo sem aba na cabeça (eu comprei um!)
Uma das coisas que mais chocam quando se chega em Omã (e no Oriente Médio em geral) é a forma com que as pessoas se vestem. Os homens com um camisolão, e as mulheres, todas de preto, com véu, as vezes com o rosto de fora as vezes só com uma fresta. Outra coisa que reparei quando cheguei e fui trocar dinheiro é que as mãos da mulher que meu deu a grana estavam todas tatuadas (com henna).
Pensei eu: ué, mas isso não é coisa de indiana? Sim e não. As indianas também andam com a mão tatuada, mas as Omanis, em sua maioria, também andam. Depois vi a quantidade de indianos aqui e pensei: é, acho que eles pegaram isso das indianas. Não sei quem pegou de quem, mas isso reflete uma característica bacana dos Omanis...indica eles são abertos para absorver aspectos de outra cultura sem mudar a sua própria, ou eles convivem tão bem que as outras culturas se sentem confortáveis em permitir que a outra cultura absorva aspectos da sua própria.
A verdade é que eu acho que a primeira opção é que deve ser a válida. Os Omanis são cordiais, gente boa, gostam de um papo. A principio parecem meio rudes, mas na verdade isso é reflexo do idioma, que não é lá uma língua doce e romântica, ora pois, e que, aliada ao jeito árabe de se falar (alto, com gestos estáticos, e de vez em quando batendo palmas e falando coisas como shucran! Alamlasalem!).
Alguns me ajudaram sem sequer eu pedir, so de ver como eu estava ferrado. Foi o caso de, logo quando cheguei, fui pro escritório de taxo. Não tinha um taxista que soubesse chegar lá. Olha foi uma mobilização total pra decidirem o caminho, chamaram um sabe-tudo-guia-de-ruas que falou a opinião dele todos juntos decidiram o melhor caminho. O Beluco me contou uma historia de quando ele fez sinal para um carro de auto-escola achando que era um táxi (são muito parecidos). O cara não só achou graça, como acabou dando carona pro Beluco.
É nesse ponto que eu acho eles parecidos com a gente. Outra semelhança é que eles gostam de um cafezinho pra dedéu, mas isso eu vou contar mais na frente...
Por outro lado, lá é um país islâmico. As mulheres tem várias liberdade, dirigem, trabalham, mas andam todas cobertas e acho que tem algumas restrições, apesar de eu não saber dizer direito quais. Mas me falaram que elas não acham ruim. É... pode ser. Mas de fato aqui não parece ser um negocio tenso como dizem que é na Arábia saudita.

Ps1: depois mando as fotos
Ps2:alguem viu meus acentos?

Chegada agreste

Cheguei no Japao sabado de noite, depois de passar dia em Dubai (esperando o voo e andando a cidade toda). Me apaguei no aviao e acordei quase aqui. Cheguei em Osaka e depois peguei outro voo para Toquio. Chamou a atencao logo de cara os japoneses usando mascaras no aviao. Quando ficam doentes, usam mascaras para evitar que o contagio se alastre... interessante senso de coletividade...

Mas o fato e o seguinte: como apaguei no aviao depois de andar meia Dubai, nao comi. Cheguei no Japao, me instalei no apart hotel e bateu uma fome tensa. Junte isso ao fato de que, fomos todos nos, integrantes do estagio, de que estava ja fazendo calor aqui, e de que chuva essa epoca 'e raro. Pois bem... tava chovendo e frio pra cacete!

Mas ok.. nada que nao de pra encarar. Sai na chuva, elogo que botei o pe na rua lembrei que ao havia sacado Yenes. Pensei: ah, se la no rio qualquer birosca aceita cartao, aqui tambem aceita. Agora vejam so.. sabado, 10 da noite, eu sem dinheiro, so cartao, na chuva e no frio com fome fiz uma peregrinacao de 6 a 7 quarteiroes sem achar um unico lugar que aceitasse cartao. Pra piorar, nego nao falava nem um pio de ingles! Ok que os japoneses sao super solicitos, mas perguntar onde 'e o ATM (caixa eletronico) e ouvir um lirulirukarakimashitakata 'e foda. Ainda mais se vc ta com fome. Pior, quando voce acha um, ta tudo escrito em japones, e, mesmo com a ajuda de um japones, nenhum cartao teu serve...

Pois bem.. tava frio mesmo, a'i acabei desistindo.. ia ficar com fome mesmo.. sai andando desiludido quando de repente... aparece uma seven-eleven. Mesma pergunta: cade o ATM, mesma resposta.. por causa dos gestos junto com o karatakakaka achei a maquina num canto. Ja sem esperanca, fui ate a maquina e qual nao foi a minha alegria quando constatei que a maquina falava portugues??? Imediatamente fiz amizade com a maquina, saquei o dinheiro e fiz um banquete, nao sem antes pegar uma chuvi
nha que apertou ate eu chegar aqui no hotel....

PS.: nao pensem que esqueci.. tenho muitoa contar de Oma e de Dubai ainda... podem esperar!!!

sábado, 10 de maio de 2008

Momento Errata

Esse post eu escrevi, mas não tive tempo de mandar pro Blog. Ta meio perdido no tempo, mas aconteceu na terça (6/05):

“Eu falei que aqui a gente não sua né? MENTIRA! Sua pra cacete! Porra hoje bateu 44 graus e eu tava na rua... suei que nem um porco. De noite bateu 38 graus, VENTANDO. Quando bate 35 de noite aqui nego diz que chegou frente frisa, deve ser. Porra que lugar QUENTE.

Pior que, por conta disso, nego aqui liga o ar condicionado no muito muito frio. O choque térmico ferra qualquer um... se eu sair sem um resfriado ou dor de garganta, to no lucro!”

Eu saí sem dor de garganta e com um leve resfriado. Nada pra você se preocupar mãe!!!

Aliás, é legal falar pra reforçar o ponto ali em cima: os endinheirados, quando chega o verão tiram férias e ficam 2, 3 meses fora....

Eixo do mal....

Porra... aqui em Dubai, peguei um táxi e não é que o fdp do taxista me perguntou se eu era iraniano? Disse que me achou parecido com o povo de lá. É.. pode ser... e a mãe dele é parecida com o traveco que o Ronaldo levou pro motel....

Historinhas incruadas...

É pessoal.. a coisa andou apertando aqui nos últimos dias... muito trabalho e nenhum tempo pra escrever no Blog... Pra ter uma idéia, estou escrevendo agora no avião indo pra Dubai! Consegui o visto aos 45 min do segundo tempo, e vou aproveitar meu cha de cadeira la pra conhecer a cidade! Por conta disso tem um monte de post incruado, das historinhas pelas quais eu passei nesses últimos dias, mas como a viagem é longa, acho que vai dar pra ir colocando tudo em dia...

Vou começar por uma mais ou menos antiga já...

Vejam vocês que, eu, em uma ida ao souq la pra domingo ou segunda, resolvi me aventurar na culinária local. Escolhi um lugar no souq, logo na entrada, com uma tremenda característica daqui mesmo.. Esse da foto aí em baixo.







Olhei, achei bacana e resolvi comer lá, pra fugir das comidas de hotel coisa e tal. Me fudi logo de cara, só falando assim mesmo, que os caras la não falavam uma palavra em inglês. Esse careca aí da foto só fica no yessir! Pedi o cardápio com gestos e o cara me deu um cardápio que ate tinha o que eram os pratos em letras romanas. Mas quem disse que eu sabia o que eram aquelas coisas? Aconteceu a mesma coisa que no restaurante indiano que eu contei.

Fiquei sem saber o que pedir porque não sabia o que eram as coisas!! Não me fiz de rogado! Percebi que tinham la uns ingleses (tem um monte deles aqui) terminando a refeição. Cheguei e perguntei na maior cara de pau: vocês podem me ajudar? Quero comer mas não sei o que é isso. Eles me explicaram que não sabiam também nada do que estava escrito lá, mas como eram muitos, pediram uma porrada.. aí foram falando: olha, esse é frango, mas não sei se desse tipo ou desse, esse é carneiro, mas não sei qual desses (tinham varias variedades de frango carneiro, eles pediram dois de cada, mas não sabiam qual era qual).

Arrisquei e escolhi um dos frangos e hommus. Se me perguntassem, não saberia escolher de novo. Sentei la e fiquei olhando Matrah esperando a comida. Uns 10 minutos depois chega o frango e o hommus, ele bota o prato na minha frente, taca uns pães árabes em cima e pronto! Fiquei la olhando... cadê o talher... Porra nenhuma.. come com a mão malandro!!!

E aí é aquele negócio né? Uma vez em Roma, coma como os romanos.. Caí dentro do prato, afinal, estava morrendo de fome, tava bom pra cacete.. era uma espécie de espetinho de frango com molho de páprica e mais algumas coisas que eu não sei o que é não. Outra coisa.. o hommus aqui é muito gostoso, é uma pasta mesmo, não tem pedaço de grão de bico que nem no Brasil não. Comi muito, e comi mais uma porrada de pastinha que tem aqui e eu não sei o nome.. umas azedas, umas doces.. tudo muito gostoso!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Leite

- Rriize the leite, priz!
- Hein?
- Rriize the leite! The LEITE, priz!
- Uh… what???
- THE LEITE!!!!! (apontando)
- Ahhhn...
E, com isso, apaguei a luz do taxi e saí do carro!

domingo, 4 de maio de 2008

Matrah Souq

Pelo que pude entender, o souq é um mercado local, que vende coisas regionais. Eu cheguei a colocar uma foto dele, fechado em um post anterior. Ontem, depois do escritório, fui ate o hotel, troquei de roupa, e fui direto pra la. Olha... o troço é muito bacana!

É difícil descrever o que é o souq, mas como a proposta aqui é justamente essa, la vai. São uns corredores, ora estreitos, ora muito estreitos, nunca largos, as vezes becos, cheios de lojinhas bem pequenas vendendo várias coisas locais, predominantemente voltadas ao publico feminino. Vende-se no souq: pashminas (panos, lenços), jóias (ouro e prata, muita coisa), turbantes, chapéus (dos Omani), sapatos, perfumes, especiarias, roupas (árabes, indianas e até ocidentais, vi ate camisa da seleção brasileira!) comida, incenso... até cacarecou’s shops tinha (uma ou duas).







O ambiente no souq é o mais oriental possível. Tudo sinuoso, cheio de becos, com mercadorias expostas dentro de uma desorganização organizada e vendedores indo te buscar a quilômetros da loja. O cheiro de incenso é característico: bem forte e marcante, produzido por pequenas fogueiras de incenso em queimadores de prata de formas surreais,ora pendurados, ora apoiados em um banquinho de madeira ou no chão das lojas, que são sempre suspensas, e ficam, na media, na altura do meu peito.





O souq é muito freqüentado pelos locais. Homens com túnicas omanis e mulheres árabes vestidas todas de preto e com véus cobrindo a cabeça. As mais assanhadas deixam o rosto de fora e usam roupas mais justas e as mais recatadas andam como crianças fantasiadas de fantasmas com só uma fresta pros olhos, só que de preto. Brincadeiras a parte, o tipo de vestimenta parece que determina o ramo do Islã que a pessoa segue. Aqui tem três, o suni, o shii’ e um que esqueci o nome agora.

As mulheres são as maiores freqüentadoras do souq. Andam como descompensadas lá dentro comprando um monte de coisas! Não tem jeito, mulher é mulher em qualquer parte do mundo. Mas uma coisa me chamou a atenção: as mulheres compram muita roupa e muito tudo. Descompensadas.



Acho que 90% das lojas do souq são de indianos. Os indianos são muito chatos vendendo. Eles te carregam pra dentro das lojas, ficam falando “is a quarity product sir” e tentam te empurrar tudo que têm. Falam um preço e quando você diz que não quer, falam: “make yor bést ofer sir”. Nada no souq tem preço fixo. Nego olha pra tua cara e da um preço. Eu com essa minha indumentária de ocidental, e ainda por cima falando inglês macarrônico, sou presa fácil pra preços altos. Imaginando isso, comecei a negociar oferecendo 50% do que me propunham. Achei que fiz um excelente negocio até que em um lugar resolvi oferecer 25% e virar as costas... funcionou. Depois tentei 20% e o indiano ficou puto, aí vi qual era a margem de trabalho.

O ponto é que não tem nenhuma regra, a não ser nunca aceitar o primeiro preço. Descobri no fim que os tais 50% que eu comentei ali em cima realmente foi um bom negocio, porque, pra não voltar pro hotel pensando que fui ludibriado, busquei em outros lugares um produto parecido com aquele e sempre estava 1~1,50 rials a mais do que eu paguei (1 rial ~ 5 reais). Mas não tenho dúvida que rolou uma inflacionada nos preços pra mim.

Desnecessário dizer que comprei coisas pra minha mãe e pra Fernanda. Tentei comprar umas sapatilhas pra Fernanda e pra levar pra loja, mas as mais bonitas tinham um bico fino, parecia de palhaço. Como fui depois do trabalho, não deu pra ver tudo nos detalhes que eu queria! Comprei pra mim um turbante de beduíno! Ano sim ano não invento de sair de árabe no carnaval... agora, pelo menos, não preciso mais ficar usando toalha com gravata pra fazer as vezes!

Quero voltar la depois e explorar as lojas de sapatos, e de comidas. Foi uma experiência muito legal e valeu muito a pena. Ainda tem um monte de coisa pra falar, mas depois conto mais, o pouste já ficou muito grande!

A Comida - parte 1

Fui almoçar ontem perto do escritório.Era um restaurante indiano-árabe. Cheguei, sentei e veio um garçom indiano me atender. Pedi o cardápio com intenções de começar a experimentar a exótica culinária local. Ele veio me oferecendo um peixe: grilled tuna fish – beéééri good. Eu peguei o cardápio certo de que iria achar coisas mais exóticas e gostosas. Comecei a ver que eu não entendia metade do que estava escrito: tyron with kehbab, e uns nomes loucos. Achei um interessante: Batahvi Prawns, acho que era isso. Pedi ao garçom para me explicar. Cacete... dada a explicação, com direito a movimentos de mãos e vários “béri goodi” eu fiquei com a sensação que o negocio era uma bola flamejante assassina de camarões com algum tipo de queijo e tomate. Como eu tava com uma fome do cão achei melhor não arriscar e fui de tuna fish (atum) mesmo.

Dois minutos depois volta o cara perguntando se eu quero com batata frita ou com arroz. Eu que não sou bobo, perguntei como esse arroz era feito, pra evitar surpresas desagradáveis. A resposta dele foi: ok.. eat the french fries... Algum tempo depois, o mesmo garçom passa e faz um sinal para que eu preste atenção. Ele ia servir o mesmo atum, mas com arroz. O arroz era servido com yogurte e curry. Depois quando ele me trouxe o prato eu agradeci a sugestão. Pelo menos os caras têm consciência...

Um negocio a comentar é que os indianos tem uma habilidade natural pra colocar pimenta na comida... Eu peço um peixe sem pimenta, vem sem o molho de pimenta que eu vi no prato dos outros e mesmo assim o diacho do peixe tava cheio de pimenta, suportável, mas bem presente...

Apesar de ter sucumbido ao atum, ainda não desisti das minhas aventuras gastronômicas.. aguardem!

Los indianos!

Eu sei que aqui não é a Índia, mas não posso deixar de falar desses caras... eles estão por todo o lado! Sentados em qualquer sombra na esquina, andando na rua (os Omani andam bem pouco, as ruas são super vazias)... Aqui os indianos fazem o papel dos hispanos nos EUA, ou dos nordestinos no sudeste brasileiro: são a força de trabalho não qualificada, fazem as coisas que os Omani não gostariam de fazer. Todos os camareiros do hotel, todos os garçons onde fui até agora, em obras, em serviços diversos... são indianos.

Impressiona como os indianos são servis, e como aparentemente, nessas funções (na falta de um termo melhor) “menos nobres”, trabalham direitinho... o cara do hotel faz um serviço de arrumação impressionante no meu quarto. Quem me conhece sabe que é tarefa árdua. Embora trabalhem direito, isso não os impede de, ao meu ver, serem super esquisitos!

Por exemplo... ontem fui a um restaurante aqui perto do escritório, e o garçom, claro, era indiano. Eu falava com ele e ele ficava balançando a cabeça pra um lado e pro outro, ritimadamente, enquanto olhava pra mim falando yessir com um sorriso que parecia meio debochado, sei la. Depois o vi falando com omanis e percebi que era o jeito dele. E outros indianos agem igual.... bizarro!

O estilão indiano também tem o seu que de estranho! Tinha, antigamente, um anúncio que passava na TV do Peugeot 206 que uns indianos arrebentavam um carro, faziam elefante sentar no carro e o escambau pra ele ficar parecido com o Peugeot 206 e depois saíam tirando a maior onda com o carro. Isso é o mais sofisticado que se pode esperar deles! É como se eles levassem às ultimas consequências o senso de estilo de pagodeiros, jogadores de futebol e afins, só que sem um tostão no bolso, uma baita influência britânica e camisas quadriculadas de manga comprida... meio complicado descrever.. só vendo mesmo! Em Dubai por exemplo, eles faziam rodinha em volta de um celular que tocava musicas indianas... era uma mulher de voz esganiçada com uns sons agudos de corda no fundo num ritmo meio rápido e sinuoso. E eles la amarradões escutando e sorrindo (ok, podia ser que a mulher estivesse contando piada, ou que fosse uma musica daquelas engraçadinhas, mas não parecia, parecia serio)
O inglês indiano também tem suas peculiaridades. Nem todo indiano fala inglês da mesma maneira. Acho que eles tem diferentes línguas la pra cada região (ou casta), tipo na Zambia. Os “r” e a falta de terminação nas palavras são característicos, mas o mais marcante é o “maifrrrrriiieeen” (my friend). Em geral leva um bom tempo pra entender o que eles dizem... quando a gente entende.

Quente é apelido

Olha... sempre achei o Rio quente, mas estou mudando de idéia... o sol aqui é implacável! Oito da manha parecia sol de meio dia na Presidente Vargas! Imaginem isso aqui meio dia... às 14 hs... Ontem fui andando ate um restaurante indiano perto do escritório no almoço, e, não achem que é exagero, a sola do meu sapato chegou a ficar mais macia de tão quente que estava o chão. E aqui é tão seco que você não sua, mas acaba perdendo muita água sem se tocar. Por isso, todo mundo aqui tem sempre dois copinhos de água mineral na mesa. Eu, pra tranqüilidade da minha mãe, percebi isso logo e tomo mais água que um camelo (pode ficar tranqüila, mãe!)

O Fuso

Sempre achei que eu tiraria o fuso horário de letra. Vai nessa... No primeiro dia o Beluco ficou de passar no hotel pra me levar pro escritório 8 da manha (horário daqui, 01:00 AM no Brasil). Quem disse que eu acordei? Acordei com ele ligando pro quarto! Pelo menos ele não levou a mal, já deve estar acostumado com esse tipo de problema...

Daqui pro Brasil são 7 horas de diferença. Nesses últimos dias tenho sono em horários imprevisíveis e fome em horários nada a ver! Mas já estou me adaptando... de qualquer forma, se eu demorar muito pra escrever ou se eu escrever demais aqui, já sabem, é culpa do fuso!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Primeiras impressões

Bom. Cheiguei 5 da manhã no meu quarto de hotel, dormi ate 10:30 e dei uma volta pela cidade. O hotel tem uma praia atras, mas ela é meio feia... Bacana sao umas praias que ficam la longe, em Shangri-la, mas é uma beleza diferente. As praias sao uma combinação de areia, agua azul bem escuro e uns morros amarelos ou marrom-amarelados.






Na verdade, Muscat é uma combinação disso tudo. A cidade é cercada por morros, mas esses morros nao sao de rocha como no rio, sao como se fosse um monte de calcáreo prensado, o que da a cor amarelada. A paisagem formada por eles é interessante, o que, combinado ao litoral omani forma uma paisagem bem diferente e relativamente estranha... é como se tivesse praia no deserto.




Outra coisa que me chamou a atençao é que o horizonte em Oman fica bem pertinho. Acho que tem muita areia, ou poeira no ar, nao sei explicar, mas o fato é que voce nao tem uma visão muito distante das coisas, fica tudo limitado ao que ta perto e da um tom meio cinza pro ceu de Oma, da pra ver nas fotos. Aquela ceu azulzao bonito do Brasil aqui nao rola.


Fora isso, como eu falei, as coisas aqui sao bem diferentes: as roupas sao diferentes, apesar de nao serem as vestimentas beduínas tradicionais. Os homens vestem umas tunicas bem compridas com um chapeuzinho redondo e sem abas na cabeça. É super normal andar assim aqui. As mulheres, se árabes, todas cobertas. Nao vi ninguem de burka nao, mas vi umas que tinham so uma frestinha pros olhos. E outra coisa, o pessoal aqui so anda de sandalia de couro! Viva o chinelão!!!


Um troço bacana também é que as coisas aqui sao super limpas. Eu comentei isso e me explicaram que se jogar lixo no chao a polícia vem e bota o cabra no xilindró. Eu falei que no Brasil era igualzinho hehehe.


Por fim, fui num "shoping" tradicional Omani, o Matra Souq. Sintam o jeitao dele na fito. Mas hoje, sexta é dia sagrado no Isla, e ta tudo fechado. Quero ir la quando estiver aberto, deve ser muito maneiro!

Por enquanto é só! Depois eu conto mais coisas!

PS: Linda te amo, beijo pra vc e pra Malu!!

A viagem...

Olha, nao é por nada não, mas do Rio ao hotel, porta-a-porta ta pra mais de 24 horas. Nao tinha me tocado desse detalhe, só me atentei pra isso quando o recepcionista do hotel me perguntou quanto tempo de viagem e eu comecei a calcular:

1) Casa do Rodrigo - Aeroporto (galinhão): com o transito de saida de feriado, fizemos em 1h e 30min. Mole.

2) Galinhão - guarulhos - depois das despedidas (ainda bem que nao vi Maluzinha chorando!) meia hora de espera, 1 horinha de voo, mais o atraso padrão de 40 minutos

3) Espera em guaruhos - 3h e 30 minutos so pra aquecer

4) Guarulhos - Dubai - 14 horas, pontualíssimas pela excelente Emirates... Fly Emirates (e nao se arrependa)!

5) Espera em Dubai - 4 horinhas relativamente tranquilas: o aeroporto de Dubai tem quase um Barrashoping dentro dele (comprei so um chocolate, nao da pra comprar nada... tudo CARISSIMO!)

6) Dubai - Muscat - 1 h de voo + 1 h de burocracias e transfer (vistos, bagagem, hotel...)

Somando tudo dá... 27 horas de viagem!

De novo!

O caso é o seguinte: vou passar uma semana em Oman e depois 2 meses no Japão. Algumas pessoas lembraram do Blog que eu fiz pra África (ele ainda existe!: http://rodrigoinafrica.blog.terra.com.br/) e insinuaram que eu fizesse de novo. Minha mãe pediu, e pedido de mãe fica dificil de negar né? Pois bem, eis aqui o Blog novo! Um abraço e acompanhem!!!