segunda-feira, 12 de maio de 2008

Pra nao dizer que e mentira... mais Oma!

A vantagem de você escrever um blog é que a premissa básica, quase um axioma, é de que aqui o que é escrito reflete apenas opiniões pessoais e ponto! Digo isso porque cada um enxerga uma coisa de um jeito diferente.
Quando você chega aqui, você vê um monte de gente andando de camisola na rua, de chapeuzinho redondo sem aba na cabeça (eu comprei um!)
Uma das coisas que mais chocam quando se chega em Omã (e no Oriente Médio em geral) é a forma com que as pessoas se vestem. Os homens com um camisolão, e as mulheres, todas de preto, com véu, as vezes com o rosto de fora as vezes só com uma fresta. Outra coisa que reparei quando cheguei e fui trocar dinheiro é que as mãos da mulher que meu deu a grana estavam todas tatuadas (com henna).
Pensei eu: ué, mas isso não é coisa de indiana? Sim e não. As indianas também andam com a mão tatuada, mas as Omanis, em sua maioria, também andam. Depois vi a quantidade de indianos aqui e pensei: é, acho que eles pegaram isso das indianas. Não sei quem pegou de quem, mas isso reflete uma característica bacana dos Omanis...indica eles são abertos para absorver aspectos de outra cultura sem mudar a sua própria, ou eles convivem tão bem que as outras culturas se sentem confortáveis em permitir que a outra cultura absorva aspectos da sua própria.
A verdade é que eu acho que a primeira opção é que deve ser a válida. Os Omanis são cordiais, gente boa, gostam de um papo. A principio parecem meio rudes, mas na verdade isso é reflexo do idioma, que não é lá uma língua doce e romântica, ora pois, e que, aliada ao jeito árabe de se falar (alto, com gestos estáticos, e de vez em quando batendo palmas e falando coisas como shucran! Alamlasalem!).
Alguns me ajudaram sem sequer eu pedir, so de ver como eu estava ferrado. Foi o caso de, logo quando cheguei, fui pro escritório de taxo. Não tinha um taxista que soubesse chegar lá. Olha foi uma mobilização total pra decidirem o caminho, chamaram um sabe-tudo-guia-de-ruas que falou a opinião dele todos juntos decidiram o melhor caminho. O Beluco me contou uma historia de quando ele fez sinal para um carro de auto-escola achando que era um táxi (são muito parecidos). O cara não só achou graça, como acabou dando carona pro Beluco.
É nesse ponto que eu acho eles parecidos com a gente. Outra semelhança é que eles gostam de um cafezinho pra dedéu, mas isso eu vou contar mais na frente...
Por outro lado, lá é um país islâmico. As mulheres tem várias liberdade, dirigem, trabalham, mas andam todas cobertas e acho que tem algumas restrições, apesar de eu não saber dizer direito quais. Mas me falaram que elas não acham ruim. É... pode ser. Mas de fato aqui não parece ser um negocio tenso como dizem que é na Arábia saudita.

Ps1: depois mando as fotos
Ps2:alguem viu meus acentos?

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