Pelo que pude entender, o souq é um mercado local, que vende coisas regionais. Eu cheguei a colocar uma foto dele, fechado em um post anterior. Ontem, depois do escritório, fui ate o hotel, troquei de roupa, e fui direto pra la. Olha... o troço é muito bacana!
É difícil descrever o que é o souq, mas como a proposta aqui é justamente essa, la vai. São uns corredores, ora estreitos, ora muito estreitos, nunca largos, as vezes becos, cheios de lojinhas bem pequenas vendendo várias coisas locais, predominantemente voltadas ao publico feminino. Vende-se no souq: pashminas (panos, lenços), jóias (ouro e prata, muita coisa), turbantes, chapéus (dos Omani), sapatos, perfumes, especiarias, roupas (árabes, indianas e até ocidentais, vi ate camisa da seleção brasileira!) comida, incenso... até cacarecou’s shops tinha (uma ou duas).
É difícil descrever o que é o souq, mas como a proposta aqui é justamente essa, la vai. São uns corredores, ora estreitos, ora muito estreitos, nunca largos, as vezes becos, cheios de lojinhas bem pequenas vendendo várias coisas locais, predominantemente voltadas ao publico feminino. Vende-se no souq: pashminas (panos, lenços), jóias (ouro e prata, muita coisa), turbantes, chapéus (dos Omani), sapatos, perfumes, especiarias, roupas (árabes, indianas e até ocidentais, vi ate camisa da seleção brasileira!) comida, incenso... até cacarecou’s shops tinha (uma ou duas).
O ambiente no souq é o mais oriental possível. Tudo sinuoso, cheio de becos, com mercadorias expostas dentro de uma desorganização organizada e vendedores indo te buscar a quilômetros da loja. O cheiro de incenso é característico: bem forte e marcante, produzido por pequenas fogueiras de incenso em queimadores de prata de formas surreais,ora pendurados, ora apoiados em um banquinho de madeira ou no chão das lojas, que são sempre suspensas, e ficam, na media, na altura do meu peito.
O souq é muito freqüentado pelos locais. Homens com túnicas omanis e mulheres árabes vestidas todas de preto e com véus cobrindo a cabeça. As mais assanhadas deixam o rosto de fora e usam roupas mais justas e as mais recatadas andam como crianças fantasiadas de fantasmas com só uma fresta pros olhos, só que de preto. Brincadeiras a parte, o tipo de vestimenta parece que determina o ramo do Islã que a pessoa segue. Aqui tem três, o suni, o shii’ e um que esqueci o nome agora.
As mulheres são as maiores freqüentadoras do souq. Andam como descompensadas lá dentro comprando um monte de coisas! Não tem jeito, mulher é mulher em qualquer parte do mundo. Mas uma coisa me chamou a atenção: as mulheres compram muita roupa e muito tudo. Descompensadas.
Acho que 90% das lojas do souq são de indianos. Os indianos são muito chatos vendendo. Eles te carregam pra dentro das lojas, ficam falando “is a quarity product sir” e tentam te empurrar tudo que têm. Falam um preço e quando você diz que não quer, falam: “make yor bést ofer sir”. Nada no souq tem preço fixo. Nego olha pra tua cara e da um preço. Eu com essa minha indumentária de ocidental, e ainda por cima falando inglês macarrônico, sou presa fácil pra preços altos. Imaginando isso, comecei a negociar oferecendo 50% do que me propunham. Achei que fiz um excelente negocio até que em um lugar resolvi oferecer 25% e virar as costas... funcionou. Depois tentei 20% e o indiano ficou puto, aí vi qual era a margem de trabalho.
O ponto é que não tem nenhuma regra, a não ser nunca aceitar o primeiro preço. Descobri no fim que os tais 50% que eu comentei ali em cima realmente foi um bom negocio, porque, pra não voltar pro hotel pensando que fui ludibriado, busquei em outros lugares um produto parecido com aquele e sempre estava 1~1,50 rials a mais do que eu paguei (1 rial ~ 5 reais). Mas não tenho dúvida que rolou uma inflacionada nos preços pra mim.
Desnecessário dizer que comprei coisas pra minha mãe e pra Fernanda. Tentei comprar umas sapatilhas pra Fernanda e pra levar pra loja, mas as mais bonitas tinham um bico fino, parecia de palhaço. Como fui depois do trabalho, não deu pra ver tudo nos detalhes que eu queria! Comprei pra mim um turbante de beduíno! Ano sim ano não invento de sair de árabe no carnaval... agora, pelo menos, não preciso mais ficar usando toalha com gravata pra fazer as vezes!
Quero voltar la depois e explorar as lojas de sapatos, e de comidas. Foi uma experiência muito legal e valeu muito a pena. Ainda tem um monte de coisa pra falar, mas depois conto mais, o pouste já ficou muito grande!
Um comentário:
Oi Rodrigo, que mundo pequeno. Estava procurando umas imagens de Muscat, quando nevou nas montanhas e achei seu blog e comecei a ler, quando vi carioca, Muscat e depois Beluco, chamei meu marido para ver e vcs se conhecem. Sou esposa do Evanildo e estamos morando aqui. Suas fotos e seus textos ficaram ótimos. Agora tem que vir nos visitar. Abraço, Yara
(yaraavila@hotmail.com)
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